quarta-feira, janeiro 23, 2013

Dois livros, duas paixões

Na mesma semana consegui ter duas leituras incríveis! Primeiro, fiquei completamente encantada com "Branca como Leite, Vermelha como Sangue" e depois... Ah, depois eu me encantei mais uma vez com o autor de @mor! Sim, li a continuação! Sabendo da minha paixão pelo livro, a Ceile do Este Já Li veio me informar que ela estava lendo a versão de Portugal da "Sétima Onda" (a continuação da história) **MUITO OBRIGADA!!! O quê?! Versão de Portugal? Eu iria aceitar ler até a versão chinesa! Não via a hora de reencontrar com Emmi e Leo e foi o que fiz.

Mas voltando para a primeira leitura: É um livro bem diferente. Detesto histórias tristes, mas amei tudo nesse livro de um autor italiano que tem a sensibilidade de um grande poeta. Triste, pois na trama lá vem uma doença para deixar corações partidos. Só que tudo é bem, bem diferente das receitas usadas por Nicholas Sparks. Não que eu não goste dele, mas confesso que fiquei um pouco cansada com todas as mortes nos finais de seus livros. Não gosto de terminar uma leitura me sentindo pesada, triste, desolada.

Com "Branca como leite, vermelha como sangue", apesar da doença estar presente na história e de ser muito bem desenvolvida no decorrer da leitura, não me senti arrasada em momento algum. O que senti foi uma doçura incrível, fui enfeitiçada pelas palavras do autor, pelo seu jeito poético, açucarado - sem ser meloso, muito longe disso!!! Com Alessandro D'avenia as palavras ganharam mais do que significados, ganharam sentimentos, peso.

Terminei o livro não completamente encantada com a história, mas maravilhada com a poesia. Uma mistura de Vinicius, Chico e Tom. Filosofia para dar e vender. Sem ser chato. Sem ser absolutamente chato. Sempre que pensar no livro, pensarei em doce. Assim como o personagem principal pensava em vermelho e branco. Penso em todas aquelas páginas como o açúcar que precisamos para adoçar as nossas vidas. E são letras assim que eu adoro ler.

Falando em adorar, um grau acima disso estão Emmi e Leo. O casal que me conquistou em @mor e também na sua continuação. Sem palavras difíceis, sem uma história profunda, sem tanta filosofia. Me apaixonei por serem simplesmente emoção. Um sentimento que você consegue sentir como se estivesse passando por tudo aquilo, como se vivesse na pele de um deles. Mais uma vez esperei cada e-mail e senti cada pausa como se fosse comigo. 

Incrível o dom do autor de fazer com que os sentimentos dos personagens sejam tão reais. Cheguei a me perguntar: Será que Daniel Glattauer é o Léo?! Será que ele já recebeu um e-mail por engano de alguma desconhecida que acabou se tornando a pessoa que mais sabia sobre ele superficialmente e de maneira bem profunda?! Esse é um daqueles livros que desejo que os personagens estejam presentes fora das páginas da literatura. A história é tão deliciosa que é triste demais saber que aquelas pessoas e aqueles e-mails não chegaram a estar em outro lugar além de preencher a cabeça do autor. Triste. Gostaria muito de encontrar Leo e Emmi por aí. 

Ai, ai!

Assim, com um suspiro, termino de falar sobre esses dois livros que preencheram de frios na barriga e de poesia a minha semana.  Espero que todos tenham a oportunidade de se deliciar com obras como essas. Livros que deixam os dias mais doces, mais gostosos, mais encantados. Adoro tudo que me faz sonhar, tudo que parece ter como principal objetivo - encantar.

quinta-feira, janeiro 10, 2013

"A força do vinho depende do contexto em que o experimentamos"

Resolvi me dedicar mais ao conhecimento do vinho em 2013. Tudo bem que isso também é uma desculpa básica para fazer parte de confrarias, clubes do vinho e também para participar de mais cursos recheados de degustações. Como não amar?! Mas além dessa parte mais deliciosa, regada de pães e azeites divinos, também quero conhecer mais. Quero descobrir as minhas uvas preferidas, aprender a sentir o gosto do tanino, diferenciar o aroma e o sabor de cada vinho.

Por isso, uma das minhas primeiras leituras do ano (na verdade é a quarta) é - Gosto e Poder. E logo no início me deparei com a seguinte declaração: "A força do vinho depende do contexto em que o experimentamos" Hummmmmm... Gostei! E é verdade. Acho que o vinho é mais que uma bebida, é quase um ritual. Tirar a rolha, sentir o aroma, degustar... Escolher qual prato irá acompanhar, quais serão as companhias... Tudo isso é delicioso. E acredito que os momentos e as companhias ajudam a melhorar ou piorar o sabor.

No ano que passou tive o prazer de participar de duas degustações: vinhos portugueses e uma às cegas de vinhos toscanos. DELICIOSOS! Talvez, se os participantes fossem chatos, se o clima não estivesse agradável ou se a comida não estivesse PERFEITA... Poderia ter achado todos eles ruins. 

Será?!

O que tenho certeza até esse momento é que ainda existem muitas garrafas para provar, muitos cursos para fazer, muitos livros para ler e vinícolas para conhecer. Quero aprender como são as colheitas manuais. Acho que o vinho me atrai tanto por toda a atmosfera romântica que o envolve. AMO pensar em como é feito, armazenado, engarrafado e em como bebemos. As garrafas mais marcantes foram de momentos tão marcantes quanto. Será que o vinho era mesmo tão maravilhoso ou foi o contexto que fez com que fosse inesquecível?! 

É um caso a se pensar, mas acho que já estou totalmente de acordo com o livro. E espero que ainda tenha muitos momentos cheios de risadas e prazer, regados de azeite, pães e vinhos!


 Degustações de 2012