quinta-feira, junho 16, 2011

Anna e o Beijo Francês

Mais do que nunca eu me declaro como uma viciada em livros. É verdade. Gosto muito, muito e muito de ler. Minha paixão pelas letrinhas e pelas capas coloridas dos romances é tanta, que no dia dos namorados (na véspera dele!) declarei: Quer me dar o presente perfeito?! Escolhe um bom livro!

- Você quer ganhar livro de dia dos namorados?
- Ué... Você acabou de perguntar o que eu iria gostar de ganhar, eu estou respondendo.
- Livro?
- Gosto mais do que roupa, ou o que quer que seja.
- Tem certeza?
- Absoluta.

E lá foi meu namorado escolher meu presente perfeito! Ele achou um livro pouco e me deu três. Três! Perfeito, perfeito e perfeito!

Foram eles:

"Anna e o Beijo Francês"
"Ame o que é seu"
"Para Minhas filhas"

Anna e o Beijo Francês? Hum... Título esquisitinho! Sinopse bem clichê... Será que eu começo por ele? Será que eu vou gostar? Será que foi a mega divulgação dentro da livraria (banner, folhetos, prateleira de lançamento, prateleira de Saraiva Indica...) que fez com que o livro fosse parar na sacola de presentes?

Começo a ler e fico na dúvida se estou ou não gostando. É contado na primeira pessoa. É a Anna que conta a história. Menina americana de 16 anos (ou seria 17?!), que é mandada para um colégio interno em Paris. Fica revoltada por ter que deixar a casa, a mãe, o irmão, os amigos e um gatinho que ela estava se apaixonando. Eu disse que era clichê, não disse?

Parece ser meio boba e previsível a história, mas por que eu não consigo parar de ler? Preciso dormir, preciso acordar cedo para trabalhar. Não consigo. Fico curiosa para saber o que vai acontecer no próximo capítulo. E no próximo. Ai meu Deus! Só mais um e eu apago a luz. E assim eu passei quase três noites em claro. Três noites para acabar de ler sobre o tal beijo francês. Ufa!

Pode ser clichê, pode ser boba, mas a autora é muito boa! Quando eu digo muito boa, é muito boa mesmo! Ela me prendeu na história, me fez passear por París, me fez imaginar os personagens (Para quem já leu: juro que a Mer, apesar de saber que ela tem cabelo cacheado, na minha imaginação era a atriz que interpreta Lucy de Gilmore Girls) a escola, o dormitório... Que vontade que eu estou de passear pelo Rio Sena, de pisar na estrela no Point Zero e de conhecer a Notre-Dame!

Além da descrição dos personagens e dos lugares, a autora Stephanie Perkins me deixou encantada com a maneira que descreve situações e sentimentos. Junto com a Anna, senti frios na barriga a cada investida no maravilhoso (assim o imagino!) Etiénne St. Clair... E que dia de Ação de Graças! E que dia de aniversário! E que Natal! E que... E que... E que!!! Por isso você não consegue parar de ler, porque o momento decisivo demora (e como demora!) para acontecer. Mas vale a espera.

Se você gostar de ler apenas histórias com conteúdo, não é um livro muito indicado. Mas para quem procura entretenimento, uma leitura gostosa e algo para se inspirar, eu indico esse livro. Com ele a viagem para a Cidade da Luz é garantida, com muita emoção e romance... O que não poderia faltar naquele lugar, não é mesmo?

sábado, junho 04, 2011

O maior clássico que o Engenhão já recebeu

O futebol é um espetáculo. E assim como todo bom espetáculo, ele precisa de uma casa de show para ser palco das grandes vitórias e derrotas, dos empates suados, dos títulos conquistados. E é sempre assim. No Rio, o Maracanã, o Engenhão, São Januário e também os estádios do interior, já receberam grandes astros, goleadas históricas e torcidas apaixonadas. Mas neste domingo e segunda-feira um deles, o Engenhão, se tornou a casa de um astro só: Paul McCartney.

Assim como nas partidas de futebol, para não perder o compasso, Paul se apresentou na cidade do Rio de Janeiro em "dois tempos": Domingo e Segunda-feira. Os fãs do músico puderam se dividir nos dois dias para conferir a apresentação do "craque" do Rock que entrou em campo para fazer mais do que um golaço de placa.

E quem disse que música e futebol não tem nada a ver? O Rio de Janeiro respira o esporte e um show, realizado em um estádio, não poderia deixar o clima do futebol escapar, poderia? Claro que não! Dessa forma, enquanto esperavam o show começar, os fãs de Paul resolveram animar a "torcida" e uma ôla começou a ser ensaiada. Público diferente do que gosta de ver a bola rolar? Parecia que não, pois depois de algumas tentativas, a ôla rodou o estádio lotado, tanto nas cadeiras, quanto nas arquibancadas. Levando todos aos aplausos quando a ôla terminava. Mais um belo espetáculo da mistura do clima do futebol com a música.

Crianças, jovens, adultos e idosos. Como no futebol, o show de Paul McCartney não era apenas de um público só. Quando o ídolo entrou em campo, levou os "torcedores" ao delírio. E como todo bom craque, ele fez um belo trabalho. No lugar da bola, o baixo, o piano, o cavaquinho e o banjo. Assim ele encantou com suas músicas, fez vibrar com suas dancinhas e fez chorar com tantas emoções.

O público reagia a cada firula, a cada enfeite, a cada "jogada" do craque. Paul teve direito até a um mosaico, na sua melhor apresentação. Quando cantou "Hey Jude", viu as plaquinhas de "Na" "Na" "Na" "Na" levantadas e sorriu. Uma surpresa que emocionou o dono da noite. Assim como um grande time, Paul também viu seu nome ecoar no Engenhão - "Paul", "Paul", "Paul", "Paul"... gritavam os fãs enlouquecidos com a atuação do ídolo.

E como todo craque merece a camisa 10, foi assim que Paul McCartney se despediu do palco e dos fãs, com a camisa 10 da Seleção Brasileira. Acima do número, o nome da estrela do Engenhão, "Macca".

O jogo de um time só, de apenas um astro, a brilhante partida de Paul McCartney ficará para sempre na lembrança dos "torcedores" que estiveram presentes. No Engenhão lotado, o show de Paul McCartney foi como um clássico cheio de emoções. Não faltou paixão, mosaico, camisa 10, "torcida", ginga, ôla... Só faltou a bola, mas nessas duas noites a redonda não fez a menor falta.

No clássico do Paul, todos saíram do Engenhão vencedores. Para celebrar, uma chuva de papel picado voou pelo estádio enquanto o público ia embora. Uma noite inesquecível. Memorável. Sem dúvida alguma, o maior clássico que o Engenhão já recebeu.