quinta-feira, fevereiro 03, 2011

Ah... Meus 28 anos

Já completei 28 anos. Já brinquei que era a Xuxa, que meu armário era a nave e minhas amigas o público. Já peguei os perfumes da minha mãe e junto com meus amigos fui vender pela grade do prédio, gritando para as pessoas que passavam pela rua (rs). Já brinquei de ser Changeman e de ter um esconderijo secreto. Já ralei o joelho e tive medo de lavar e arder. Já descobri que coelhinho da páscoa não existia, porque minha mãe não viu que eu já tinha achado e comido a orelha do coelho de chocolate que ela tinha comprado e foi aquele mesmo que ela colocou embaixo da cama. Já tive um pintinho, daqueles que davam no final das feiras de filhotes. Já tive um peixe beta. Já tive um cachorro lindo, o Trovão. Já escrevi uma história que a Bia Bedran contou em seus shows.

Já subi no alto da cachoeira Véu da Noiva, em Itatiaia e mesmo morrendo de medo, me molhei na primeira queda dela. Já desci o Pontal do Atalaia, em Arraial do Cabo e morri de medo daquela trilha. Já fui no playcenter, parque do Gugu e Parque da Mônica em São Paulo. Já comi moqueca na Bahia, Fondue nas Serras Gaúchas, vinho na Argentina e cerveja na Região dos Lagos. Já falei com Papai Noel em Gramado, fiz noitada em Belo Horizonte e fiquei apaixonada pelo sotaque de todo mundo em Porto Alegre. Já desci as dunas de Natal (maravilhosas!), peguei onda na praia da Costa em Vila Velha e me afoguei em Búzios. Já desci no escorrega das escadas no hotel Fazenda São Moritz. E mesmo tendo pavor, já andei muito, muito de avião.

Já conheci Fidel Castro e cheguei pertinho dele. Já conversei com muitos dos meus ídolos. Já conheci a Xuxa, Zico e Dercy Gonçalves. Já fiz um gol no Engenhão! E já pisei no Gramado do Maracanã e do Mineirão. Já almocei no Gero. Já comi podrão quando saí da noitada. Já chorei porque fiquei com pena de um mendigo. Já tive amor platônico e também amor de verão. Já escrevi cartinhas anônimas. Já briguei com uma amiga. Já briguei com um amigo. Já me apaixonei por um amigo. Já repeti de ano e também falsifiquei boletim na hora de entregar para minha mãe.

Já joguei taco, banco imobiliário, jogo da vida, cara-a-cara, perfil, morcegos equilibristas, sobe e desce, uno, pique-esconde, pique-cola, pique-alto, pique-fruta e tantos outros jogos. Já brinquei de polícia e ladrão. Já vi estrela cadente. Já plantei feijão em pote de danoninho. Já fiquei horas olhando a lua e o pôr-do-sol. Já fiquei muitas vezes conversando com amigas até o dia nascer. Já tomei um porre. Já bebi cerveja alemã, belga, japonesa, argentina, americana... E já bebi a Delirium Tremens, mas não vi o tal elefante cor de rosa. Já fiz cursos de vinho. 

Já conheci o Projac e muitos bastidores e camarins de teatros. Já trabalhei no Flamengo. Já dei uma palestra na Universidade Estácio de Sá. Já montei um site de futebol escrito só por mulheres. Já escrevi um livro. Já trabalhei com muitas produções culturais. Já fiz assessoria de imprensa do Cidade Negra. Já produzi um espetáculo sozinha. Já levei uma peça do Domingos de Oliveira para Friburgo. Já acabei o inglês. Já acabei o espanhol. Já acabei o Italiano.

Já li todos os livros da Rosamunde Pilcher e já tive a grata surpresa de receber o filme de um dos livros dela na minha casa, de uma pessoa que eu não conhecia e que acabou virando uma pessoa querida. Para retribuir o gesto, já copiei o DVD e passei para outra menina que eu também não conhecia, mas que era apaixonada pela autora. Já cantei em videokê e Karaokê também. Já comprei todos os CDs do João Suplicy e ganhei dedicatória em todos. Já ganhei uma camisa do Flamengo autografada por todos os jogadores. Já subi no trio elétrico, no primeiro dia do ano e fiz uma declaração de amor (rs). Já fiz amigos bebendo cerveja, água, refrigerante, ou vinho. Já fiz amigos de amigos virarem meus amigos. Já fiz amigos virtuais, virarem amigos reais.

Já encontrei o amor da minha vida, a minha alma gêmea. Já escolhi o homem que eu quero casar e ter os meus filhos. Já escolhi o nome desses filhos. Hoje, no meu aniversário de 28 anos, tenho a certeza de que já fiz muitas e muitas coisas que nunca vou esquecer. Mas tenho a certeza também de que muitas outras experiências ainda estão por vir e que ainda tenho muitas pessoas para conhecer. Mas quero agradecer a todos os amigos que estiveram presentes comigo desde que me entendo por gente, aos amigos da faculdade por todo o carinho, aos amigos que estão distante por nunca perderem o contato, aos amigos estrangeiros por sempre mandarem um oi de qualquer lugar do mundo, a minha família por sempre acreditar e apostar em mim e nos meus projetos e ao meu amor, por me fazer a pessoa mais feliz do mundo.

Feliz aniversário para mim!

"Eu quero amor decidindo a vida"

terça-feira, fevereiro 01, 2011

Ah... Minha Buenos Aires Querida!

Hola! =)

Já que vou falar da Argentina, nada como começar com uma saudação dos hermanos! Saudação que dá saudades de escutar. Já completou um ano que voltei de um passeio em Buenos Aires e a vontade de voltar para aquele lugar é maior a cada dia. Quem conhece, provavelmente também se apaixonou. Sem a tão falada rivalidade entre brasileiros e argentinos, o que se vê pelas ruas, bares, pontos turísticos ou não, são pessoas simpáticas e sempre prontas para dar uma explicação.

Em sete dias que estive por lá, não esbarrei com nenhum cidadão que me olhasse de cara amarrada. Muito pelo contrário, quando dizia ser do Brasil, eles puxavam assunto, principalmente sobre futebol e samba. Na verdade, se eu posso dizer que não gostei de alguma coisa em Buenos Aires, digo que foi a quantidade de Brasileiros que estavam por lá. Chegava a ser chato só ouvir português na Florida. Decidi então, conhecer os pontos turísticos em um dia e nos demais, conhecer os lugares que os moradores de lá frequentam e com isso tive uma grata surpresa.

De turístico, conheci o Café Tortoni, que odiei! Realmente aquele lugar tem história, é lindo por dentro, mas só tem turistas. O atendimento não é lá essas coisas, tem fila na porta e o precinho é bem salgadinho, não vale pelo sabor. Se eu não tivesse conhecido em seguida o Las Violetas, talvez não reclamasse tanto do famoso Tortoni. Mas essa segunda confeitaria não deixa nada a desejar e você além de ser bem tratado, pode contemplar lindos vitrais e comer docinhos (de cortesia da casa!) divinos! Ah... E o melhor ouvir apenas os argentinos falando.

O Tango que conheci, também não deixa de ser de turistas, mas é M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-O! A começar pela casa de espetáculos, o Sr Tango não peca em nada! Cheio de detalhes e com um show de duas horas de fazer até mesmo chorar. Música, dança com um pouco de teatro! Até cavalos entram em cena e no teto, estrelas parecem piscar. Lindo, lindo, lindo!

Quanto aos restaurantes, uma coisa é certa: Não deixem de conhecer o El Mundo! Não é "para turistas" e por isso, ele é barato e muito, muito gostoso!! Não resisti e repeti a dose, fui lá três vezes! Comida boa, vinho maravilhoso e um garçom muito educado, que só porque éramos brasileiros decidiu fazer uma caipirinha de presente... É para voltar mais e mais vezes. Ah... e é claro que resisti ao Mc Donalds e ao Burger King! Isso dá para comer qualquer dia perto de casa.

E o que dizer da noite de Buenos Aires? Ah... que maravilha! Sentar em um barzinho em Palermo Soho e beber a Quilmes até às 2h da manhã, esperando a boate abrir para dançar, é viver a noite daquela cidade. O detalhe é que não fui na mais conhecida que fica em Puerto Madero e que também é cheia de brasileiros. Fui na Brujas, uma boate grande e com músicas bem diversificadas.

Mas se eu tivesse que eleger o lugar que mais gostei de conhecer, posso dizer que foi um barzinho (mais no estilo pub), no meio de Palermo, sem estar no centro dos barzinhos de Palermo Soho e Hollywood, mas em um lugar que só mesmo quem mora ali conhece. Foi lá que eu descobri que os argentinos adoram os brasileiros, adoram samba, caipirinha e são muito, muito simpáticos! Nos receberam de braços abertos e nos deixaram com vontade de voltar sempre! Você descobrir em Buenos Aires, um barzinho meio que escondido, sem turistas e com um grupo (apenas de argentinos) tocando samba, é um achado! Eu adorei!

Ah... e se alguém pensar: Ué, mas você não disse que não queria ver brasileiros na Argentina, como vai parar em uma casa de samba? Eu respondo: Não é sempre que escutamos um:  "Deixo a vida me levar, vida leva eu" com um sotaque tão diferente, né? E é isso que eles fazem todas as quintas no Foynes Bar. É nossa música, mas é a rotina deles!

Se for para conhecer os lugares que só os brasileiros estão lá para conhecer, ou lugares que existem na nossa cidade (Burger King, Mc Donalds, e etc...) é mais fácil e mais barato passear por aqui mesmo. Para mim, viajar é conhecer as pessoas, as rotinas e a cultura do lugar... É isso o que eu mais amo! E você?

Ps: O vídeo não está com uma qualidade boa, mas é legal escutar o sotaque do grupo cantando a nossa música!